quarta-feira, 4 de maio de 2016

Crónica Desportiva por José Agrela, número 16

Arrancaram as meias-finais das competições europeias. Na Liga dos Campeões, o Real Madrid, sem Ronaldo, foi a Manchester empatar com os “citizens”. Num jogo muito fechado e com poucas oportunidades de golo, a melhor oportunidade pertenceu a Pepe, que rematou na cara de Joe Hart, com este a fazer a mancha. Assim, os “merengues” conseguiram trazer um nulo da terra de Sua Majestade, que mesmo sendo um resultado positivo, não deixa de ser perigoso.
Em Madrid, no Vicente Caldéron, o Atlético venceu a equipa de Pep Guardiola, com um golo de Saúl Ñiguez aos 11’. Num jogo defensivo muito consistente e saindo só pela certa, os “colchoneros” emperraram completamente o carrossel alemão, que só conseguiu criar perigo em remates de fora da área, um dos quais a bater com estrondo no travessão da baliza defendida por Oblak, ex guardião do Benfica. Deste modo, as equipas vão para a 2ª mão com uma ligeira vantagem das equipas espanholas, porém nada está decidido.
Já na Liga Europa, os “reds” de Liverpool enfrentaram o “submarino amarelo” Villarreal. Num jogo relativamente repartido, com a posse de bola idêntica, os comandados de Jurgen Klopp até remataram mais que o adversário, no entanto uma desatenção defensiva no minuto 90’+2 deitou tudo a perder. Adrian Lopez, o mesmo que passou sem honra nem glória pelo FC Porto, aproveitou deficiente marcação adversária para colocar os espanhóis em vantagem. Assim, a eliminatória ficou mais complicada para o clube da cidade dos “Beatles”.
Em Lviv, o Shakhtar viu-se a perder bastante cedo com o actual detentor da Liga Europa. Aos 6’, Vitolo colocou os sevilhanos a vencer mas a reacção não se fez esperar e 17 minutos depois, os anfitriões chegaram ao empate por Marlos e pouco depois deram a cambalhota no marcador, chegando ao intervalo a vencer. Porém, os actuais detentores da competição chegaram ao empate a duas bolas, numa grande penalidade convertida por Gameiro, ficando tudo por se clarificar na Andaluzia.
No nosso escalão maior, num encontro que ficou marcado pela expulsão de Sérgio Conceição, o Benfica teve as honras de abrir a jornada, frente aos vimaranenses. Num jogo pouco conseguido pelos “encarnados”, valeu um livre bem marcado por Gaitan, a que Jardel respondeu afirmativamente de cabeça para o fundo das redes defendidas por Miguel Silva, segurando a liderança que continua sendo ameaçada pelos rivais do outro lado da Segunda Circular.

Sporting esse, que foi ganhar categoricamente ao Dragão a um Porto que é uma sombra daquilo que já foi. Os “leões” entraram a mandar no jogo e marcaram ainda antes da meia-hora pelo inevitável Slimani. Os”axuis-e-brancos” ainda responderam por Herrera, na conversão de uma grande penalidade, altamente duvidosa. Mas o avançado argelino voltou a facturar ainda antes do intervalo, de cabeça, após centro de Bryan Ruiz. No segundo tempo, o FC Porto pode queixar-se de uma grande penalidade não assinalada a seu favor, ainda com o resultado em 2-1. Mas Bruno César, o ”chuta-chuta”, acabou por fixar o resultado em 3-1, com (mais) uma grande colaboração de Casillas.
Assim, as coisas continuam iguais no topo da classificação, com a luta a continuar dentro e fora das quatro linhas.
Nos outros jogos, destaque para Boavista, que com o empate em Moreira de Cónegos, garantiu praticamente a manutenção. Já o União da Madeira, ao vencer a Académica por 3-1, não garantiu a manutenção, no entanto, deu um passo importante rumo a esse objectivo. Viu-se a ganhar por 2-0 e o fantasma pairou sobre a cabeça de muitos adeptos, por já ter estado naquela posição num passado bem recente. Mas os madeirenses souberam controlar a partida e vencer com a margem de dois golos.
Lá por fora, destaque para a equipa de “tostões” do Leicester que venceu a Premier League num verdadeiro conto de fadas. Contra os verdadeiros colossos financeiros de Manchester City e Chelsea, principalmente, Ranieri construiu um grupo humilde e fez saltar para a ribalta jogadores desconhecidos que, hoje em dia, valem milhões.
Finalmente, um apontamento para o Estrela Vermelha de Belgrado na Sérvia que se tornou campeão, com Hugo Vieira (ex-Gil Vicente e Benfica) em plano de evidência.

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