segunda-feira, 30 de março de 2015

Notícia: F1: Vettel coloca em causa monopólio da Mercedes

Primeira vitória da Ferrari na Fórmula 1 desde maio de 2013 foi também o primeiro triunfo do alemão ao serviço da equipa italiana.

Sebastian Vettel não ganhava uma corrida na Fórmula 1 desde a última de 2013. No mesmo ano, em maio, a Ferrari venceu o Grande Prémio de Espanha. Piloto e equipa não sabiam, mas iniciaram nessa altura um jejum prolongado que terminou neste domingo. Na segunda prova de 2015, Vettel estreou-se a vencer pela sua nova equipa, a Ferrari, deixando no ar a possibilidade de não haver “passeio” para a Mercedes até novembro. O primeiro lugar surgiu em Sepang, na Malásia.
O campeão Lewis Hamilton foi o mais rápido na qualificação mas a liderança inglesa na corrida durou apenas três voltas. Foi então que o panorama foi alterado: o carro de segurança entrou na pista asiática, após um acidente que envolveu o Sauber de Marcus Ericsson, e nesse momento os dois Mercedes – de Hamilton e de Nico Rosberg – pararam nas boxes; o alemão continuou em pista e a estratégia italiana, de apenas duas paragens, resultou (os dois carros da mercedes pararam em três ocasiões).
O tetracampeão segurou o primeiro lugar até ao final e, ao somar 40 vitórias em Grandes Prémios, ficou a apenas um triunfo de Ayrton Senna. O líder Michael Schumacher, com 91 vitórias, está longe da concorrência nesta lista histórica da F1.
Atrás de Vettel ficaram Hamilton e Rosberg, que completaram o pódio. O outro Ferrari, de Kimi Räikkönen, terminou no quarto lugar, confirmando que a Ferrari é neste início de temporada a segunda equipa mais forte na competição.
A partir do quinto lugar, houve desfechos aos pares: os Williams de Valtteri Bottas e de Felipe Massa terminaram respetivamente nos quinto e sexto lugares, os Toro Rosso de Max Verstappen (aos 17 anos, o piloto mais jovem de sempre a pontuar na F1) e de Carlos Sainz Jr ficaram nas sétima e oitava posições, enquanto Daniil Kvyat e Daniel Ricciardo fecharam a tabela dos 10 melhores e colocaram os dois Red Bull ainda nos pontos.
Entre os 15 pilotos que chegaram ao fim, o último foi Roberto Merhi, na estreia da Manor no campeonato. Pastor Maldonado (Lotus), Jenson Button e Fernando Alonso (McLaren) e Marcus Ericsson (Sauber) não terminaram a corrida.
Na classificação de pilotos o campeão Lewis Hamilton continua a ocupar o primeiro posto, com 43 pontos, mas agora Sebastian Vettel está somente a três de distância. Nico Rosberg está no terceiro lugar, com 33 pontos. Até agora 14 pilotos já pontuaram.
No domingo a hora mudou. E mudou também o rumo do campeonato deste ano?

quinta-feira, 26 de março de 2015

Crónica especial - sobre o avião da German Wings e a estranha queda

De Singapura aos Alpes, só muda o cenário, a lista de ocupantes e o modelo do avião. Disse isto na terça-feira mas tive a esperança de que fôsse apenas mais uma das minhas avaliações precipitadas, se bem que neste caso parecia demasiado evidente... infelizmente todos os indícios no momento apontam para que uma greve tenha, em forma de protesto, acabado com a vida de 149 pessoas... e o suicida, caso se confirme. Espero que não mas foi logo a recordação que tive quando soube dos contornos do acidente. Lembrei-me de um voo em que, em forma de protesto porque no caso ia ser despedido, o piloto decidiu atirar ao chão um avião, creio, com 260 ocupantes. Há uns 20 anos, talvez... e ter medo de colocar esta possibilidade é simplesmente ignorar uma hipótese, que não só não deve ser ignorada, como parece confirmar-se. Ainda que seja triste... fôssem eles muito ou pouco importantes de um modo global...
No mais, há algo que me parece estranho: alemães com medo. É certo que nem todos os pilotos são alemães, é certo que nem todos os alemães são iguais, mas o que me estranha é o tão grande número e tão grande mediatismo que se dá a essa situação: os pilotos da Luftansa e da German Wings que não querem voar por medo. Não será só este mais um pretexto para cancelar voos? Desculpem o radicalismo, mas vindo de alemães não me surpreenderia, tal como muitos não duvidam que o 11 de Setembro foi perpetrado pelos próprios Estado Unidos da América e respetivo governo. Coisa que, aliás, não creio.
Aguardam-se desenvolvimentos.

Carlos Bonaparte