quinta-feira, 28 de abril de 2016

Crónica Desportiva por José Agrela, número 15

A jornada 31 da Liga definiu os clubes que terão acesso à Champions League da próxima época. Benfica e Sporting terão acesso directo à Liga milionária do próximo ano e o Porto terá que jogar o playoff para chegar aos tão desejados euros que em muito equilibram os orçamentos dos clubes que nela participam.
E nesse particular, o FC Porto passou pelo mesmo calafrio que os “encarnados”, ou seja, viu-se a perder antes da meia hora de jogo no Calhabé. É como era conhecido antigamente o reduto dos “estudantes”. Um livre directo superiormente marcado por Pedro Nuno, colocou a Briosa em vantagem, mas Ruben Neves empatou a contenda na “mesma moeda”, com um golo de antologia, ainda antes do intervalo. Já depois do intervalo, os “dragões” vieram para cima e conseguiram o golo da vitória, num lance onde o guardião conimbricense pareceu mal batido. Assim, José Peseiro conseguiu o objectivo mínimo de assegurar o direito de disputar o acesso à Liga milionária da UEFA.

Os “encarnados” enfrentaram a maior dificuldade, teoricamente, que os separa do tricampeonato. Foram ao Estádio dos Arcos enfrentar um Rio Ave que deu poucas possibilidades ao Benfica de ser feliz. Com uma equipa a cortar todas as possíveis triangulações entre Pizzi, Gaitan e Jonas, o bicampeão teve sempre muitas dificuldades em encontrar o caminho da baliza durante a primeira parte. No segundo tempo, com as alterações tácticas introduzidas, os homens da Luz melhoraram um pouco, falhando três oportunidades consecutivas. Mas como já vem sendo hábito, Jiménez saltou do banco para resolver, fazendo lembrar a época de 2004/2005, em que Mantorras resolveu mutos problemas. Curiosamente usam o mesmo número, o 9.
Numa jogada em que André Almeida cruzou, André Villas-Boas desviou para a barra e o mexicano estava no lugar certo para cabecear para o fundo da baliza. Estava feito o resultado num jogo em que, em abono da verdade, os anfitriões nunca fizeram perigar a baliza de Ederson.
Os discípulos de Jesus venceram facilmente com dois golos antes dos primeiros vinte minutos, ao “aflito” União da Madeira. Os madeirenses apenas causaram algum perigo em jogadas individuais. Já Norton de Matos poupou alguns jogadores que estavam no limite da suspensão por amarelos, assumindo claramente que o jogo com a Académica na próxima jornada é que conta.

Assim, “leões” e “águias” continuam a luta pelo primeiro lugar separados por apenas dois pontos e que se arrasta há longas seis jornadas.
Nos outros jogos, Marítimo perdeu com o “europeu” Arouca por 2-1. Os forasteiros resolveram o jogo logo na primeira dúzia de minutos, com dois golos de bola parada, um na sequência de um canto e outro numa grande penalidade. A partir daí, os “verde-rubros” tentaram de todas as maneiras chegar ao golo, inclusive com duas substituições ainda na primeira meia hora. Mas depois de tanto porfiar, conseguiram o golo de honra, mas era tarde demais para chegar ao empate. Mesmo com a derrota, os madeirenses asseguraram a manutenção matematicamente.
Uns quilómetros mais acima, o Nacional da Madeira recebeu o Moreirense, a sua “besta negra”  (que venceram nas últimas três deslocações à Choupana) e mais uma vez, voltou a perder, com o tento a ser apontado aos dois minutos de jogo. Os “alvinegros” nunca foram capazes de chegar ao empate e continuam apenas a cumprir calendário, já sem metas europeias. Já os “cónegos” garantiram a manutenção, objectivo claramente assumido desde o início da época.
Num jogo de equipas “aflitas”, o Tondela foi vencer ao Bonfim e aumentou a série de jogos sem vencer dos “sadinos”. Os homens de Viseu conseguiram arrancar uma vitória ao minuto 85, com um golo de Pica que lhes abre perspectivas de manutenção no escalão maior.
Os “castores” venceram por 1-0, um Braga que continua confortavelmente instalado na 4ª posição, mas que ainda não está matematicamente assegurado. Um golo da nova “coqueluche” do futebol português, Diogo Jota, bastou para vencer os “arsenalistas”, que está a gerir a posição na tabela classificativa e já pensa na final da Taça de Portugal, frente ao FC Porto.
Já os “axadrezados” venceram o Belenenses (1-0) e deram um passo importante para fugir à despromoção. Um golo a fechar a primeira parte, apontado por Zé Manuel, foi suficiente para garantir três preciosos pontos.
Finalmente, Guimarães e Estoril empataram a uma bola com os vimaranenses a se adiantarem no placard, mas não conseguiram segurar a vantagem, com os “homens da linha” a empatarem a meio do segundo tempo. Era mais um jogo que pouco adiantava em termos classificativos.
Lá por fora, a Juventus tornou-se pentacampeã no “sofá”. O Nápoles entregou de bandeja o título depois da derrota com a Roma do “eterno” Totti. Depois do Olympiakos e PSG tornarem-se campeões (dos campeonatos com maior visibilidade em Portugal) dos respectivos países, foi a vez da “vecchia signora” assegurar o “scudetto” pela quinta vez consecutiva.

sábado, 23 de abril de 2016

Internacional: 13 mortos nos Estados Unidos, todos vítimas de armas de fogo

por Carlos Bonaparte em 23-04-2016 às 12:46

Foi nesta madrugada que os crimes aconteceram. Primeiro no estado da Georgia, no condado de Columbia. Cinco pessoas assassinadas a tiro enquanto dormiam, pertencentes a duas famílias. Sobre este caso, o cherife do condado de Columbia, onde aconteceu este incidente, explicou que provavelmente este caso estará relacionado com disputas domésticas. Um dos indícios é a proximidade geográficadas duas famílias e os terrenos que estas possuíam.
O segundo crime, todavia, foi mais anormal, dados os seus contornos. Da mesma forma, 8 pessoas, todas pertencentes à mesma família, foram encontradas mortas no condado de Pike, no estado do Ohio. À exceção de um adolescente de 16 anos, todos eram maiores de idade... mas neste caso houve 3 sobreviventes, o que leva as autoridades a crer num ajuste de contas. As vítimas mortais foram baleadas na cabeça enquanto dormiam, segundo aponta o cherife do condado de Pike, Charles Reader.
Os sobreviventes são 3 crianças, uma de 4 dias, outra de 6 meses e outra de 3 anos.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Crónica desportiva por José Agrela, número 14

A última semana trouxe-nos os Quartos-de-Final da Liga dos Campeões e da Liga Europa. Infelizmente, para nós, portugueses, as equipas lusas foram eliminadas.

O Benfica, que vinha com uma desvantagem de um golo da primeira volta, fez uma boa exibição frente ao Bayern de Munique. Ainda se adiantou no marcador por Raul Jimenez, mas a frieza alemã veio ao de cima e Arturo Vidal (novamente ele) empatou a partida e sentenciou praticamente a eliminatória. No segundo tempo, o Bayern ainda marcou um segundo golo por Thomas Muller, mas Talisca num livre superiormente apontado, estabeleceu o resultado final em 2-2. É de referir que novamente ficou provado o quão pequeno Portugal é na Europa do futebol. Num lance claro de expulsão de um jogador bávaro, o árbitro optou por mostrar apenas o cartão amarelo. Isto nunca mudará…
Nos outros jogos desta competição, Ronaldo voltou aos seus bons momentos e “carregou” o Real Madrid até às Meias-finais, com um “hat trick”. Com o terceiro golo, Ronaldo demonstrou toda as sua raça e vontade, contando também com a colaboração da barreira do Wolfsburgo que ”abriu” uma avenida para a bola passar.
Já o Barcelona continuou a travessia no deserto e viu-se afastado da fase seguinte por um Atlético Madrid feito à imagem do seu mister, Diego Simeone.
Sempre muito aguerridos, os “colchoneros” , mesmo com menos um jogador a partir dos 35’ não deram hipótese a um Barça que vive um dos piores momentos dos últimos anos. Antoine Griezmann acabou por ser a figura do jogo ao apontar os dois golos.
Em Manchester, os “citizens” que já traziam uma vantagem por empatar em Paris a duas bolas, venceram por 1-o e dando-se ao luxo de falhar uma grande penalidade.
Os parisienses até tiveram mais bola, mas os locais foram sempre mais acutilantes.
Assim, teremos Manchester City-Real Madrid e Atlético Madrid-Bayern Munique com a primeira mão a ser disputada a 26 e 27 de Abril.
Na Liga Europa, o Braga não foi capaz de travar o poderio do Shaktar Donetsk e foi “cilindrado” em Lviv (devido à guerra que grassa em Donetsk). Estatisticamente, o jogo até foi equilibrado, mas os ucranianos foram letais na hora de rematar, marcando quatro golos… em três remates que fizeram enquadrados com os postes. A explicação é simples: Ricardo Ferreira, central bracarense que esteve em dia não, fez dois autogolos.
Nos outros encontros desta fase, Liverpool e Borussia Dortmund protagonizaram, provavelmente, o jogo do ano. Aos dez minutos, os alemães já venciam por 2-0., dando toda a ideia que facilmente resolveriam a questão. Puro engano! Logo no reinício após o intervalo, os homens da cidade dos Beatles reduziram para a margem mínima. Mas as coisas não ficaram por aqui. Marco Reus voltou a aumentar a vantagem para dois golos. A partir daqui, só deu Liverpool com o último golo a ser apontado aos 90’ +1 que deu a passagem às Meias-finais.
O atual detentor do troféu, Sevilha, tremeu mas não caiu. Depois de ter vencido em Bilbau, tudo levaria a pensar que seria fácil. Mas no entanto, os homens do País Basco surpreenderam e venceram por 2-1 também, arrastando a eliminatória para um prolongamento que acabou por não resolver nada. E nas grandes penalidades, o Sevilha, mais experiente nestas andanças, não tremeu e venceu uma eliminatória muito discutida.

No outro encontro, o Villarreal venceu em Praga, ao Sparta por 4-2, concluindo com um somatório de 6-3 no conjunto das duas mãos.

Assim, nas Meias-finais teremos Villarreal-Liverpool e Shakhtar-Sevilha, com a primeira mão marcada para 28 de Abril.
A nível doméstico, o Benfica venceu mas não se livrou de um grande susto. Venceu o Vitória de Setúbal por 2-1. No entanto, aos 13 segundos os “encarnados” já perdiam por 1-0, num lance em que os dois laterais não ficaram isentos de culpas. Depois com uma meia hora de sonho, os bicampeões nacionais deram a volta ao encontro, com golos do “inevitável” Jonas e Jardel. A partir daqui, estranhamente, os homens da Luz caíram de produção e o jogo caiu numa toada de “deixa andar”. E foi nessa espécie de sonolência colectiva que os sadinos estiveram à beira de empatar, com Ederson a mostrar créditos.
O outro candidato ao título, Sporting venceu pela margem mínima, num jogo polémico. O golo dos leões deixa no ar a sensação de fora de jogo. No entanto, num lance posterior, Teo Gutiérrez viu um golo anulado que parecia em posição legal. Em suma, o árbitro assistente cometeu dois erros para fazer justiça.
No Dragão, assistiu-se ao regresso do “velho” FC Porto. Com uma grande entrada em jogo, os “azuis-e-brancos” depressa arrumaram o jogo, gerindo-o a seu belo prazer. Com a entrada de Ruben Neves e André Silva no onze, ficou demonstrado que Pinto da Costa também tem bons valores jovens.
Nos restantes jogos, destaque para o União da Madeira que voltou a marcar passo, depois de estar a vencer por 2-0 em casa. O intervalo trouxe uma equipa amorfa e adormecida que acabou por ver fugir 3 pontos, com a derrota por 4-3.
O Marítimo continuou o seu caminho de altos e baixos, desta vez sendo um ponto alto, ao vencer um Guimarães desnorteado e que se viu a jogar com menos um elemento, a partir do 12º minuto, por 3-0. No Restelo, a Académica conseguiu um precioso ponto que pode ser decisivo nas contas finais, na luta pela permanência. Já o Tondela, interrompeu a sua boa série de três jogos sem perder e viu-se derrotado em Braga por 3-0, apagando, muito possivelmente, a última esperança de manutenção. O Arouca empatou com o Rio Ave a zero, num jogo que manteve tudo como antes do início do jogo, ou seja, continuam em 5º e 6º na classificação, com o mesmo número de pontos. Na Amoreira, o tranquilo Estoril venceu um Boavista aflito, com um autogolo do defesa Vinicius a dois minutos dos 90.

Destaque internacional para o Barcelona e pelas piores razões. Nos últimos três jogos de La Liga perdeu… três! Isto deixa o campeonato vizinho ao rubro com os “bluegrana” empatados com o Atlético de Madrid no topo e Ronaldo & Companhia à espreita, a apenas um ponto. Promete!

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Crónica desportiva por José Agrela, número 13

Depois de uma semana de interregno, para jogos particulares da selecção (e por motivos pessoais), voltou a Liga NOS. E regressou logo com um Benfica-Braga, que podia alterar o topo da tabela classificativa. E os visitantes fizeram por isso, já que logo no primeiro minuto, Wilson Eduardo cabeceou uma bola ao poste esquerdo da baliza à guarda de Ederson. Estava dado o mote para o que seria o primeiro quarto de hora de jogo, com os “arsenalistas” por cima na partida e um Benfica apático a não se entender com a forma de jogar adversária. E enquanto os “encarnados” andavam à deriva, o Braga aproveitou para voltar a colocar em perigo o último reduto “encarnado” com um chapéu que saiu a centímetros do poste direito. No entanto, a partir daí, o Benfica pegou no jogo e aproveitando uma saída de bola curta, Gaitán ganhou a bola e assistiu Mitroglu para o primeiro golo. E a partir daqui, os comandados de Paulo Fonseca “desapareceram” do jogo, com os líderes a dominarem o jogo por completo e a avolumarem o score até aos 3-0 ao intervalo, com Jonas a marcar de grande penalidade e Pizzi a rematar forte e rasteiro, após assistência de Jonas… com as costas! No segundo tempo, foi o controlar do jogo por parte dos anfitriões com Mitroglu a voltar a faturar e Samaris a fechar a contagem para o lado encarnado. Pedro Santos fechou o placard na conversão de uma grande penalidade (a primeira assinalada contra o Benfica num ano).
No Dragão, aconteceu “história”, com a quebra de um recorde negativo para os “azuis-e-brancos”. Até esta jornada, nunca tinham perdido em casa com o último classificado. Mas o Tondela quebrou este recorde que o Porto detinha, deixando o seu presidente “envergonhado”, como ele próprio disse numa entrevista.
E não é para menos, já que o FC Porto está longe da equipa que “aterrorizava” os adversários, especialmente no Dragão. E acabou por sucumbir aos 59’, com um remate em arco de Luís Alberto, reagindo com muito coração, mas pouca razão.
No Restelo, o Sporting “cilindrou” o Belenenses por 5-2. Azuis que têm um treinador, Júlio Velázquez, com uma visão muito romântica do futebol e não percebeu ainda o que é a Liga Portuguesa. Tenta jogar o jogo pelo jogo, olhos nos olhos, mas com os “grandes” acaba por ser suicídio e acabou goleado como das vezes anteriores.

Esta foi, resumidamente, a jornada anterior, em relação aos clubes que mais adeptos arrastam.
Já nesta jornada, deu-se a segunda derrota consecutiva do FC Porto (algo que já não acontecia desde a época 2008/2009 para a Liga), desta feita com o Paços de Ferreira por 1-0. Num jogo em que os “dragões” dominaram em todos os aspetos do jogo, não foram capazes de serem eficazes. Com o guarda-redes pacense, Defendi, a defender tudo o que havia para defender, os visitantes viram as esperanças de serem apurados diretamente para a Liga dos Campeões, goradas.
Assim, veem o líder e bicampeão nacional a doze pontos de diferença praticamente irrecuperáveis.

Líderes esses, que continuam a sua marcha triunfal rumo ao tricampeonato (assim espera a massa associativa). No entanto, já se percebeu que não será nada fácil lá chegar. Em Coimbra, viram-se a perder bastante cedo, aos 17’, com um golo de Pedro Nuno, que aproveitou um péssimo corte de Eliseu. A partir daí, só deu Benfica, desperdiçando oportunidades umas atrás das outras, umas vezes por oposição de Trigueira, outras por falta de pontaria encarnada. Até que Pizzi arrancou um grande cruzamento da direita que encontrou a cabeça de Mitroglu que não desperdiçou a oportunidade de empatar o encontro. O jogo não mudou de cariz e os “estudantes” continuaram a defender com as suas duas linhas de cinco homens à frente de Trigueira. E assim continuou até Raúl Jiménez saltar do banco, para cinco minutos depois, receber um cruzamento de André Almeida, novamente da direita, com uma grande receção e atirar forte sem hipótese para Trigueira. Acabou aí a resistência da Académica e, por consequência, o antijogo que foi uma constante.

Já o Sporting, o outro real candidato ao título neste momento, venceu confortavelmente por 3-1, o Marítimo. Os “verde-rubros” até entraram melhor no jogo chegando à área contrária por algumas vezes, mas os “leões” de Alvalade foram mais eficazes e marcaram ao acabar a primeira parte pelo “mal amado” Téo Gutiérrez, com alguma sorte à mistura. No segundo tempo, as coisas foram mais simples com William Carvalho e o “inevitável” Slimani a aumentarem o score, com Ghazaryan a reduzir, mas pouco havia a fazer. Assim, mantém-se tudo igual na luta pelo título… até ver!
Nos restantes jogos da jornada, o União da Madeira perdeu uma oportunidade de ouro frente ao Tondela para fugir à “linha de água”. Foi a casa do “lanterna vermelha” Tondela perder por 1-0 com um autogolo de Soares. Apesar de ter dominado a maior parte do jogo, nunca foi capaz de fazer aquilo que se pede… golos.

A outra equipa da Madeira, o Nacional arrancou uma goleada frente ao Estoril por 4-1, voltando à famosa “chapa 4” da Choupana, arredada a alguns tempos daquele reduto. A equipa anfitriã marcou relativamente perto do fim e do primeiro período e abriu o segundo da mesma maneira. A partir daí, foi o avolumar do resultado até ao placard final, sem nunca ter posto em perigo a vitória.
Em Braga, a equipa local não conseguiu bater o Moreirense, empatando a uma bola. Apesar do grande domínio bracarense a todos os níveis, viu-se a perder após o reatamento da segunda parte. A partir daí, Stefanovic defendeu tudo até ao limite, incluindo uma grande penalidade. Mas água mole em pedra dura, tanto dá, até que fura e aos 94’, o golo apareceu por Boly, num cabeceamento indefensável para o homem que tinha defendido tudo.
No Bessa, o Boavista deu mais um passo rumo à manutenção, empatando a zero, com o “europeu” Arouca. Falhou uma grande penalidade, mas mesmo assim conseguiu um ponto fundamental nos objetivos do clube.
O Setúbal continua a sua péssima segunda volta e voltou a perder, desta vez por 1-0 em casa. Num jogo relativamente equilibrado, os homens do Restelo foram mais felizes e marcaram por Ortuno à passagem do 78º minuto.

A jornada fechou em Vila do Conde, com o Rio Ave a bater o Vitória de Guimarães, que leva já nove jogos sem vencer. Dois golos na primeira parte bastaram para levar de vencida um Vitória sem chama, longe do que já se viu esta época.
A nível internacional, destaque para os Quartos-de-Final da Liga dos Campeões onde houve surpresas. O Benfica, talvez contra todas as expectativas, manteve a eliminatória em aberto com o Bayern. Perdeu por 1-0 e fez um jogo que surpreendeu, inclusivamente os bávaros. Já o colosso Real Madrid perdeu frente ao Wolfsburgo por 2-0 e terá uma tarefa gigantesca para passar a eliminatória. Em Barcelona, Messi e companhia venceram por 2-1 o sempre imprevisível Atlético de Madrid e terão tarefa complicada na 2ª mão. Finalmente o PSG que deixou fugir uma vantagem, depois de ter estado em vantagem por 2-1. Assim, adivinham-se grandes emoções nos quatro encontros da 2ª mão.

Na Liga Europa, o Braga comprometeu as suas aspirações ao perder por 2-1 na Pedreira. Num jogo em que até esteve por cima, o Shakhtar Donetsk foi cínico e venceu, jogando “à italiana”. Assim, as coisas estão muito difíceis para os “arsenalistas”. Nos outros encontros, Jurgen Klopp voltou a Dortmund e saiu de lá em vantagem com o seu Liverpool, ao empatar a uma bola. O Bilbau viaja até Sevilha com uma desvantagem mínima por 2-1 e o Sparta de Praga recebe o Villarreal para reverter o mesmo resultado. Tudo por decidir, portanto.
Finalmente, como nota final, destaque para o Barcelona que leva duas derrotas consecutivas em La Liga, passando de uma vantagem de 10 para 4 pontos em relação ao Real Madrid e três em relação ao Atlético de Madrid.