quarta-feira, 9 de março de 2016

Crónica desportiva por José Agrela, número 10

A jornada ficou marcada pelo derby entre Sporting e Benfica, que é sempre um jogo apetecível, por todas as razões históricas e outras bem recentes. Se os “encarnados” perdessem, o “tri” ficaria mais longe. Pelo contrário, se os comandados de Jesus vencessem, ficariam com a “passadeira” estendida para serem campeões. Como é normal, foi um jogo muito jogado fora das “quatro linhas”, muito pelo lado dos ”leões” e do seu dirigente máximo, Bruno de Carvalho.
Já dentro de campo, as “águias” entraram melhor, personalizados, dividindo o jogo, acabando por marcar na primeira oportunidade que tiveram para rematar à baliza, com Mitroglu a aproveitar um ressalto de bola, após remate de Pizzi, e atirando na cara de Rui Patrício para o fundo das redes. A partir desse momento, as tropas encarnadas recolheram ao seu meio-campo e defenderam como puderam e tentando sair em contra-ataque. A verdade é que o Sporting também não teve arte nem engenho para ultrapassar a boa organização encarnada. A exceção, mais flagrante, foi quando Bryan Ruiz rematou por cima com a baliza completamente aberta. No final, os atuais campeões nacionais foram premiados, adotando uma estratégia mais defensiva após se encontrarem em vantagem.
No outro jogo grande da jornada, terceiro e quarto classificados encontraram-se na Pedreira. Num jogo que ganhou maior emoção nos vinte minutos finais, o Braga marcou primeiro por intermédio de Hassan. O FC Porto não demorou a empatar com um cabeceamento de Maxi Pereira, numa recarga a um remate defendido por Marafona. Quando tudo se encaminhava para o empate, Rafa Silva (de quem muito se fala que possa vir a reforçar os dragões) voltou a marcar, dando vantagem aos “arsenalistas”. E quando os “dragões” estavam completamente balanceados no ataque, Alan aproveitou um erro clamoroso de Casillas (mais um) e estabeleceu o resultado final em 3-1. Resultado este que hipoteca em muito as aspirações portistas em chegar ao título.
Nos outros jogos da jornada, o Marítimo viu-se a perder na Capital do Móvel, num espaço de cinco minutos, com um bis de Diogo Jota, já no segundo tempo.
Mas os insulares reagiram bem e reduziram pelo seu capitão, João Diogo, três minutos volvidos. Dyego Sousa, o melhor marcador dos “verde-rubros”, estabeleceu o resultado final, empatando a duas bolas.
O Arouca cumpriu a sua “obrigação” vencendo em Tondela, “lanterna vermelha” da Liga. Os homens do distrito de Viseu voltaram a falhar mais uma grande penalidade, algo habitual na equipa comandada por Petit e que ajuda a explicar a posição ocupada pelo clube.
O União da Madeira voltou a marcar passo no objetivo da manutenção, com o nulo alcançado perante o seu público. Apesar de algumas boas oportunidades criadas, os madeirenses voltaram a falhar na finalização. Assim vêm a “linha de água” mais próxima, já que os “estudantes” venceram, um pouco surpreendentemente, o Vitória da Cidade Berço por 2-0, com golos de Marinho, ambos aproveitando ressaltos, o primeiro após defesa a uma grande penalidade e o segundo, fazendo o remate, depois de uma bola devolvida pelo poste.
No Bessa, os “axadrezados” perderam por 1-0 (golo de Salvador Agra aos 23’) com o Nacional da Madeira, ficando na zona de despromoção. Um jogo que ficou marcado pela grande quantidade de cartões mostrados (13 amarelos e 2 vermelhos por acumulação).
O fecho da jornada deu-se em Vila do Conde com os “canarinhos” a baterem os “vilacondenses” por 3-1, com Mattheus Oliveira (filho de Bebeto, campeão mundial pelo Brasil em 1994) em evidência a apontar dois golos e Léo Bonatini a apontar o outro tento. Pela parte dos locais, o internacional Hélder Postiga ainda reduziu, dndo alguma emoção à ponta final da partida.
Destaque para as cinco vitórias obtidas pelos visitantes, facto pouco habitual na Liga NOS.
Também a meio da semana ficámos a conhecer os finalistas da Taça de Portugal. FC Porto voltou a bater o Gil Vicente, desta feita por 2-0 num jogo em que os “azuis-e-brancos” rodaram a equipa, numa eliminatória que estava praticamente decidida.

Em Vila do Conde, os “arsenalistas” seguraram a vantagem trazida da 1ª mão, num jogo em que a incerteza pairou até ao último minuto.

Finalmente, destaque para o Real Madrid que bateu o Celta de Vigo por 7-1, com um poker de Cristiano Ronaldo.

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