quarta-feira, 2 de março de 2016

Crónica cdesportiva por José Agrela, número 9

Inicio esta crónica com uma breve referência à Liga dos Campeões, já que houve os outros quatro jogos relativos à 1ª mão dos Oitavos de Final, mas sem clubes portugueses, infelizmente. Assim sendo, os “bluegrana” foram a Londres vencer o Arsenal por 2-0, com Lionel Messi a bisar, sendo o segundo tento na transformação de uma grande penalidade, “arrancada” por ele próprio. Assim, os catalães têm caminho aberto para os “quartos”, algo habitual lá por Camp Nou.

Em Turim, o Bayern de Munique teve uma vantagem de dois golos mas não conseguiu segurá-la, permitindo à “vecchia signora” uma recuperação, para 2-2, que deixa tudo em aberto para a segunda mão. Com um futebol ”traiçoeiro”, a Juventus pode muito bem surpreender aquela “máquina” de futebol que é o clube bávaro.
Em Kiev, o Dinamo local não foi capaz de parar a “constelação” que tinha como adversário, o Manchester City. Com golos de Kun Aguero, David Silva e Yaya Touré, os “citizens” deixaram a Ucrânia com uma vantagem de 1-3, que provavelmente será suficiente para passar esta eliminatória. Já o PSV Eindhoven (que ficará para sempre na memória dos benfiquistas, infelizmente) empatou, curiosamente, com um adversário do Benfica nesta Liga dos Campeões na Fase de Grupos, o Atlético de Madrid (0-0). Não sendo um resultado muito favorável aos holandeses, também não é assim tão mau, pois poderia ser pior.
Na Liga Europa, o trio luso ficou reduzido a um representante. O Sporting, como já aqui disse, “livrou-se” do peso que era a competição europeia. Jesus voltou a apresentar uma equipa de recurso e, mais uma vez, voltou a perder, desta feita, por 3-1. Ainda chegou ao empate, dando alguma esperança às hostes leoninas, mas Bellarabi fez o 2-1 para os “farmacêuticos” acabando com qualquer esperança lusa. Agora, Jesus terá todo o tempo do mundo para se dedicar à Liga, aposta forte pelos lados de Alvalade.
O FC Porto seguiu pelo mesmo caminho, também com germânicos. Depois de ter perdido por 2-0 na Alemanha, os “dragões” voltaram a perder no Dragão, agora por 1-0, com o golo a ser atribuído, segundo o site da UEFA a… Casillas. Não sendo propriamente um golo decisivo da eliminatória, acabou por sê-lo no jogo.
Regressando às lides caseiras, a Liga teve mais uma jornada e onde voltou a haver mexida na luta pelo título, mas já lá vamos.
A ronda abriu com os “alvinegros” madeirenses a baterem os “castores” por 3-0. Num jogo dominado pelo Nacional, o primeiro golo até apareceu por Marco Baixinho, defesa pacense na própria baliza. Já no segundo tempo, Rui Correia e Luís Aurélio, dois portugueses, estabeleceram o resultado final.
No sábado, o Boavista perdeu em casa com o Rio Ave por 2-1, num jogo em que os “vilacondenses” acabaram reduzidos a dez jogadores por expulsão de Pedro Moreira. Os “axadrezados” acabaram por beneficiar da derrota da Académica no Funchal, frente ao Marítimo por 1-0, golo de Baba Diawara, com um soberbo golpe de calcanhar, para assim continuarem acima da zona de despromoção. Em Arouca, o Braga não conseguiu vencer, apesar de ter um “penalty” a favor que acabou com a defesa de Bracalli… e a expulsão de um jogador arsenalista. Mais tarde, o Braga viu-se privado de mais um elemento, acabando reduzido a nove mas segurando o nulo.
Destaque também para a vitória “gorda” e surpreendente do Estoril Praia sobre o Vitória sadino. Surpresa também foi a vitória do Tondela, último classificado, beneficiando de um autogolo de Rafael Martins, em casa do Moreirense, clube que também luta pela sobrevivência no escalão maior.
O domingo fechou com o Belenenses-Porto, com os “azuis-e-brancos” a vencerem por 2-1, com um golo de Tonel na própria baliza. Depois de ter provocado a grande penalidade que deu a vitória sobre o Sporting, o defesa que já representou “dragões” e “leões”, voltou a estar “debaixo de fogo”, desta vez, pelo excelente cabeceamento… para a baliza errada.
A jornada fechou com o Benfica a receber o União na segunda-feira, fruto das condições climatéricas que se fizeram sentir na Madeira. O encontro estava agendado para domingo, mas os ventos fortes não deixaram a equipa insular deslocar-se em tempo útil até ao continente. Assim, o jogo disputou-se na segunda-feira.
Curiosamente, o jogo da primeira volta entre estes dois emblemas também foi disputado numa data posterior à inicialmente prevista, na altura devido aonevoeiro.

Voltando ao jogo, não teve história, já que os “encarnados” marcaram cedo, pelo inevitável Jonas, e dominaram a seu belo prazer, um encontro que esteve sempre controlado, exceção feita a cerca de dez minutos da primeira parte, onde os insulares pregaram um “susto” às cerca de 45 mil pessoas que lá estiveram a presenciar o encontro. Num contra-ataque, Júlio César teve que sair da área para cortar o lance com o pé, já em “carrinho”.

O União, mesmo sofrendo o golo cedo, nunca desmontou a sua teia defensiva de dez jogadores à frente de Gudiño, um guardião que mostrou qualidade. Jonas ainda bisou, depois de um remate de Mitroglu, que o brasileiro conseguiu desviar na cara do guarda-redes adversário.
A festa benfiquista ficou ao rubro, pois o Sporting não foi além de um nulo em Guimarães. Os homens de Alvalade até entraram mal no jogo, já que foi o Guimarães a primeira equipa a criar perigo logo aos 5’, com Rui Patrício a defender para canto. Mas a partir daí, quem brilhou foi João Miguel Silva, o guarda-redes vimaranense. Com um punhado de grandes defesas manteve o empate até ao fim, mesmo com a equipa reduzida a dez jogadores. No último minuto, ainda se reclamou penalty na área leonina, mas o árbitro mandou seguir. Assim, o derby da próxima jornada entre leões e águias será escaldante, com um ponto apenas a separá-los. A ver vamos…
Lá por fora, o Real Madrid voltou a marcar passo, frente ao vizinho Atlético de Madrid… nada de surpreendente. Já surpreendentes foram as declarações de Ronaldo no fim da partida. O internacional português desabafou dizendo que se todos fossem como ele, a equipa estaria em primeiro. Mais tarde veio emendar as palavras, mas o mal estava feito. Com uma dúzia de pontos de atraso em relação ao Barcelona, o campeonato está entregue… distância praticamente irrecuperável!
É de sublinhar o “hexa” do Olympiacos de Marco Silva… a sete jornadas do fim. Notável!

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